quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Teorias para afinal não se ter alguém

Um amigo jornalista uma vez me contou sua teoria sobre o amor, a que melhor definiu relacionamentos ate o momento. Para ele, uma relação estável funcionaria como um banco com três pernas: a atração física, as conversas em comum e a química entre os dois. Estamos sempre à procura de um banco estável para ficar, mas é quase impossível achar um, sempre será necessário calçar um dos pés para que não fique bambo. Traduzindo: você pode achar o cara mais gostoso e com o melhor beijo da sua vida, mas que além disso ele seja inteligente ou que tenha uma cultura boa vai ser difícil... Mas se o resto valer a pena, porque não? O problema existe realmente quando se tenta compensar demais os problemas entre os pés, o que fatidicamente leva o banco a cair.

Não confio muito na internet para trazer namorados. Nunca freqüentei bate-papo por não ter saco para as mesmas historinhas. Ok, não sou tão old school, só não dispenso uma boa química. E ao inverter a lógica real-virtual de conhecer alguém nem tudo termina como esperava.
André é uma graça. É simpático e engraçado, além de ter um peitoral largo que adoro. Mas quando sentamos para conversar no jardim da faculdade naquele final de novembro, senti por ele uma boa amizade. E só. A conversa girou em torno de uma festa que ele quer fazer, no estilo das festas alternativas cariocas. E como de festas eu conheço, já tinha varias idéias para ela [que prometo divulgar por aqui caso ela se concretize]. Agora não sei se isso é bom ou ruim. Por um lado achamos várias coisas em comum e criamos algo parecido com um laço. Por outro, bromance nunca fez a minha cabeça. Então mesmo que estivesse no ar a idéia de ficarmos, não era isso que ia acontecer. Pelo menos não agora.

Era também um pouco do reflexo do que estava sentindo. Como estava recém solteiro e de saco cheio de relacionamentos, afundei de vez a cabeça no trabalho. Para ajudar minhas finanças nesse fim de ano, peguei um extra de natal em uma livraria megastore.
Logo, consegui me destacar nas vendas e conseguir livros de graça. Como emprego de verão é ótimo, mas estando exposto e lidando diretamente com o público aparecem alguns... inconvenientes.

“Oi, você tem ‘O Crepúsculo’?”
“Tenho. Está R$ 39,90...”
“Nossa!! Mas por esse preço o seu telefone vem junto, né?”
¬¬

São essas pequenas coisas que vão minando qualquer possibilidade de sentimento. O ego vai lá pra cima, claro. Mas a vontade de ficar com alguém vai lá pra baixo...


Amargurado, eu?



[continua]





Para ouvir depois de ler: Kanye West – Coldest Winter

5 comentários:

  1. talvez o unico pé a ser calçado nesse banco eh o das coisas em comum

    eu naum preciso ser o melhor amigo do meu namorado

    mas eu tenho q sentir atração física por ele e ter química eh imprescindível

    isso jah fez minha cabeça

    xx

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  2. É sempre complicado achar o balanço perfeito do tripé. Pelo menos pra mim. O que explica porque estou sempre sozinho... e cada vez mais fechado!
    Agora, cantadas sempre são bem vindas, né? :p
    abs

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  3. não entendi: pq vc fica amargurado por alguém te cantar?

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  4. Adorei teu blog, sempre visitarei agora. Esse teoria sobre o amor é muito válida!
    Beijos da Mamma!!!!

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  5. "Oi, você tem ‘O Crepúsculo’?”
    “Tenho. Está R$ 39,90...”
    “Nossa!! Mas por esse preço o seu telefone vem junto, né?”
    ¬¬

    hauahauhauahua Desculpa mas eu ri.
    Quee cantada mais...
    Criativa/estranha/engraçada.

    Amargurado? Acho que você pode estar um pouquinho talvez... (Aquela que entra no blog pela primeira vez, lê alguns posts e já começa dando pitaco -coisa feia-)

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