"A maquilagem diz-nos mais que o rosto" (Oscar Wilde)
Oh, As férias! Às vezes seria interessante se durante a vida pudéssemos dar paradas estratégicas para organizar os pequenos problemas, como quando você a arrumação de armário que sempre é deixada de lado ou quando resolve colocar em ordem os livros e dvd’s na estante. É preciso tempo, um som ambiente muito bom e força de vontade para não deixar a arrumação pela metade. Não foi bem por isso que parei de postar. Meus dvd’s ainda estão desarrumados. Acontece que às vezes me dá vontade louca de trocar tudo do lugar, tirar as fotos, de fechar todos os textos mazomenos, de fazer algo diferente ou ser diferentemente igual... É loucura, é TOC, o que seja! Mas depois de um mês sente-se falta, né. E é sempre mais difícil voltar. Não se sabe onde parou, o que já se fez ou o que ainda falta fazer. O mais estranho é como as coisas mudaram neste meio tempo.
Fábio, por exemplo. Agora ele dorme no trabalho para economizar tempo. Não nos vemos mais. Ele só sai do escritório para beber na Lapa e pedir a comida pelo China Inbox – orgulha-se da sua recém adquirida habilidade com os pausinhos. E cada vez mais sente que havia vendido a sua alma, infelizmente por um preço muito a baixo do mercado. Mas enquanto ocupasse a sua cabeça com trabalho pelo menos ganhava algo em troca. Diferentemente do seu ultimo relacionamento com um jornalista niteroiense, que ocupou a sua cabeça, seu tempo de trabalho e uma gaveta no seu armário para terminar com uma ligação malcriada. Tempos difíceis, mas que iam melhorar. Tinham de melhorar.
Já Henrique figurava o lado oposto. Desempregado, sem faculdade e com um namorado endinheirado. O sonho de todo gay? Não. Mais e mais ele ficava dependente de Rogério. “Vamos sair?” “Não sei, deixa eu perguntar para o Ro.” Foi o final de pelo menos três ligações com ele. Também já estamos há algum tempo sem nos ver. E por mais que ríssemos do seu momento víamos que ele não parecia feliz daquele jeito – até porque a culpa era exclusivamente dele. Era falta de oportunidades, mas esta situação também ia melhorar. Tinha de melhorar.
Não posso dizer que não tenha desperdiçado nada, pois a minha distancia também foi devida a causa de financeiro-amorosa. Na verdade foi uma epifania, um insight de lucidez. Era a saída do trabalho na livraria, quando um colega me dá carona para casa e fecho a porta atrás de mim e faço um jantar e durmo. Isso acontecia praticamente toda a noite mas nesta em especifica ao fechar a porta eu me vi dentro do meu maior medo. Era uma rotina. Não a rotina produtiva, mas a rotina confortável do “é esta é a minha vidinha e estou ok com isso.” As portas dos meus vinte e um anos e eu me vejo ganhando dinheiro com algo completamente diferente do que eu tinha planejado. Não era este o Luis que eu via quando era criança, ou antes de entrar na faculdade. Não era este o caminho que eu queria tomar, então porque eu deixei as coisas continuarem o mesmo rumo? Sei que na ultima temporada havia falado sobre o ensino que lobotomiza e não inspira. Mas quando o rumo que se toma vai em um caminho diferente do que traçou você senta e deixa as coisas rolarem? Bem, eu não. Dá comichão, pinica. Então abri-se um projeto paralelo e fecha-se outro. Tudo para ver a minha situação melhorar. É a vida.
Então sem mais delongas eu volto a vida online com meus posts semanais neste curto-logo post de retorno e apresentando a vocês a temporada 3 deste blog:
Para quem é carioca, Ipanema não é só um lugar é um estado de espírito. E a minha vizinha tem sido palco de boas historias então nada mais justo de homenagear a ela.
Fábio, por exemplo. Agora ele dorme no trabalho para economizar tempo. Não nos vemos mais. Ele só sai do escritório para beber na Lapa e pedir a comida pelo China Inbox – orgulha-se da sua recém adquirida habilidade com os pausinhos. E cada vez mais sente que havia vendido a sua alma, infelizmente por um preço muito a baixo do mercado. Mas enquanto ocupasse a sua cabeça com trabalho pelo menos ganhava algo em troca. Diferentemente do seu ultimo relacionamento com um jornalista niteroiense, que ocupou a sua cabeça, seu tempo de trabalho e uma gaveta no seu armário para terminar com uma ligação malcriada. Tempos difíceis, mas que iam melhorar. Tinham de melhorar.
Já Henrique figurava o lado oposto. Desempregado, sem faculdade e com um namorado endinheirado. O sonho de todo gay? Não. Mais e mais ele ficava dependente de Rogério. “Vamos sair?” “Não sei, deixa eu perguntar para o Ro.” Foi o final de pelo menos três ligações com ele. Também já estamos há algum tempo sem nos ver. E por mais que ríssemos do seu momento víamos que ele não parecia feliz daquele jeito – até porque a culpa era exclusivamente dele. Era falta de oportunidades, mas esta situação também ia melhorar. Tinha de melhorar.
Não posso dizer que não tenha desperdiçado nada, pois a minha distancia também foi devida a causa de financeiro-amorosa. Na verdade foi uma epifania, um insight de lucidez. Era a saída do trabalho na livraria, quando um colega me dá carona para casa e fecho a porta atrás de mim e faço um jantar e durmo. Isso acontecia praticamente toda a noite mas nesta em especifica ao fechar a porta eu me vi dentro do meu maior medo. Era uma rotina. Não a rotina produtiva, mas a rotina confortável do “é esta é a minha vidinha e estou ok com isso.” As portas dos meus vinte e um anos e eu me vejo ganhando dinheiro com algo completamente diferente do que eu tinha planejado. Não era este o Luis que eu via quando era criança, ou antes de entrar na faculdade. Não era este o caminho que eu queria tomar, então porque eu deixei as coisas continuarem o mesmo rumo? Sei que na ultima temporada havia falado sobre o ensino que lobotomiza e não inspira. Mas quando o rumo que se toma vai em um caminho diferente do que traçou você senta e deixa as coisas rolarem? Bem, eu não. Dá comichão, pinica. Então abri-se um projeto paralelo e fecha-se outro. Tudo para ver a minha situação melhorar. É a vida.
Então sem mais delongas eu volto a vida online com meus posts semanais neste curto-logo post de retorno e apresentando a vocês a temporada 3 deste blog:
Para quem é carioca, Ipanema não é só um lugar é um estado de espírito. E a minha vizinha tem sido palco de boas historias então nada mais justo de homenagear a ela.
Para ouvir depois de ler: The Gossip – Heavy Cross
Oba! Estava sentindo falta de ver esse blog no topo da lista de atualizações !
ResponderExcluira espera das novas aventuras =)
ResponderExcluire que comecemos uma nova fase
ResponderExcluirgostaria de ser teu amigo
só para saber de como é que vc olharia minha vida
uma análise tão perspicaz...
qria ver essa lente voltada pra mim
ai, tava sentindo falta do seu blog! E viva a 3ª temporada!
ResponderExcluirAêêêêêê!!!!
ResponderExcluirTava sentindo megga falta dos teus textos e histórias. E que venha a 3ª temporada.
Recomeçar é sempre bom, conhecí o blog na sua, digamos, fase "em off" e estou contente em saber que verei mais atualizações. Grande abraço, aliás, Ipanema é o coração do Rio de Janeiro.
ResponderExcluirvoltamos!
ResponderExcluirxx
welcome back!
ResponderExcluirbração1
E daí, sumido!!!! Bora lá competir pela caneca... hehehe!!! E Sagat levou a melhor... hehehe!!!!! Hugz!!!
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