domingo, 5 de outubro de 2008

Outra historia começa?

Alguns amigos meus já encontraram meu blog. Embora alguns deles tenham dito que era legal e tudo mais, outros que leram ate o fim disseram que pareço muito melancólico em certas partes. Para deixar claro, gosto muito de elogios, mas aprendi a dar valor às críticas quando elas são construtivas. Entretanto, quanto a melancolia não tenho muito remédio, sou mesmo chegado a uma tragédia, das gregas as mexicanas, com direito a nomes compostos e dublagem ruim, então o que fazer para burlar a mesmice de sempre dizer que sinto falta de X ou Y ? Contar outra historia...



Fabio é um bom amigo que a internet me trouxe. Junto com Henrique e Marina eles estiveram presentes nas minhas primeiras festas e presenciaram meus principais romances. Por essas e outras os tenho com muito carinho, mas por algum motivo do acaso ou da falta de tempo, eu e Fabio nos distanciamos. Apenas pela internet vi seu relacionamento começar e somente nove meses depois disso nos reencontramos e finalmente conheci o príncipe, o que aconteceu no último sábado a noite.

Bem, o encontro foi estranho no começo, primeiro porque muito do que conversávamos se perdeu durante o tempo e segundo porque eu estava meio que de vela para os dois. Mas depois de algum tempo e alguns chopps já estávamos com discussões teóricas e papos nerd. Para variar perguntei como haviam se conhecido, pois adoro essas historias de começo de romance.
Resumindo, o príncipe escrevia em um blog a qual Fabio se tornou leitor. Houve o primeiro contato, o primeiro cinema, o primeiro beijo. Mas conto isso só pra situar vocês. O que era realmente interessante neles era como o contavam. Sentados lado a lado na mesa ao mesmo tempo em que narravam, se implicavam e estavam preocupados em arrumar a camiseta desarrumada em um ou um papel grudado no outro.
Ok, admito que estou carente ultimamente, mas eu achei essas pequenas demonstrações a coisa mais linda. Era a prova de que o namoro deles já tomara forma e gosto próprios, e que de fato eram íntimos.



Papo de banheiro:
“Luis, é normal odiar o namorado de vez em quando?”

“Meu amigo, faz parte de um relacionamento. Se fosse só amores você morreria de tédio. Aproveita as brigas, mas principalmente as reconciliações.”


De lá, passamos numa festinha e então voltei pra casa. Fiquei feliz de pelo meu amigo ter encontrado alguém assim e durante o caminho não pude deixar de pensar filosoficamente e concluir que amor verdadeiro é algo que existe. É complicado, doloroso às vezes, mas no final vale a pena.

E então sorrio noite adentro ao perceber que a esperança burlou minha própria melancolia e que outra historia feliz como esta pode começar.





Para ouvir depois de ler: Kylie Minogue – The One

Um comentário:

  1. o ódio dura um espaço de tempo de 35s, então sente-se falta do amor e ele vem ainda mais forte.
    isso é o que eu chamo de um exercício saudável.

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