domingo, 10 de agosto de 2008

Amor e Ausência

Fico feliz com coisas idiotas. Acabei de entrar no Orkut e o primeiro nome do meu ‘visitantes recentes’ era o do Ale (vide post 'A falta que faz'). Vai fazer um ano que não nos falamos. Um ano que ele está namorando outro. De certa forma nunca me imaginei separado dele. É meio estranho ou doentio, eu sei, mas na minha cabeça só demos um tempo... Apesar de que agora que estou escrevendo vejo que quando se comemora aniversario de separação não é ‘dar tempo’, é querer se iludir.

Parabéns pra você...

Conheci Alexandre na internet, numa comunidade gay jovem. No primeiro contato no MSN já nos identificamos e conversamos por horas, mas ate então não tinha caído a ficha de que ele podia ser o cara. Ele acabara de terminar o ensino médio e passara para uma boa faculdade de design. Eu estava no meu ultimo ano, mas já aspirava também o design então tinha ele como alguém que admirava. A partir da terceira conversa, marcamos um cinema, uma volta no shopping e começamos a nos tornar bons amigos.

Sim, começamos como amigos por dois (grandes) motivos:

1º Estava completamente no armário. Ele estava se descobrindo ainda e só tinha tido um caso rápido com outro cara, de maneira que nem os amigos dele sabiam;

2º Nara, a namorada dele do colegial de dois anos.

O meu primeiro pensamento foi que seria bom demais pra ser verdade, mas continuei investindo nele porque apesar de tudo via nele algo de especial. Hoje não sei se foi por ele mesmo ou pelo meu ímpeto juvenil de querer sempre me apaixonar pelas coisas, mas não importa já que a recíproca era verdadeira.

Estranho lembrar dessa época. Não lembro quando foi nosso primeiro beijo. Não que não fosse marcante, mas o que mais me vem dessa época é a imagem de mim fazendo jogo duro e dizendo que não saia com cara comprometido, tanto por causa do meu amor próprio quanto porque estaria sacaneando a menina, mas na verdade nunca me importei com ela e na verdade tava muito afim de sair com ele. Ele me ganhou pelos olhos, me olhava muito. Lembro dele olhando fixamente pra mim como se tentasse dizer que me preferia a Nara, mas sem coragem de dizer isso verbalmente. Eram os olhos mais lindos que já vi.

É estranha essa situação hoje. Nesta mesma hora no ano passado eu pensava no que daria de presente a ele. Será que ele também pensa em mim desta forma?


Para ouvir depois de ler: Toranja - Carta

Um comentário:

  1. rever primeiros amores sempre faz muito ou muito mal.

    e ficar pensando sobre a imensidao de sentimentos alheios por nos mesmo nunca tem resposta final.

    bração!

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